quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Obediência, caminho seguro para a alegria


No início da semana fui convidada para fazer uma pregação no grupo de oração que aconteceu ontem. Entre as palavras que me foram dadas para motivação, me deparei com Is 63, 7-18, a oração de um servo na angústia. Chamou-me a atenção alguns pontos da Palavra, ou melhor dizendo, algumas verdades gritantes. Um povo que é descente de Moisés, Abraão, Davi, servos que viram a libertação, como poderiam agora viver em tamanha angústia, como povo sem pastor, como povo que não conheceu a Deus?

Não é este mesmo Deus que os conduziu pelo deserto? Que mandou maná do céu para saciar a fome? Que colocou uma coluna de fogo para guiá-los? Que precipitou no mar vermelho cavalo e cavaleiro, para salvar o povo escolhido?

Onde está o Deus poderoso e misericordioso? Por que seus filhos jazem suspirando e gemendo em vales de lágrimas? A Palavra responde: os ímpios entraram no nosso meio, ou seja as impurezas entraram no coração do povo escolhido, a mentira, a mornidão, o relativismo. Sim, o relativismo tem afastado os filhos de Deus da luz e levado-os a sofrer imensamente.

Deparei-me com a sabedoria para voltarmos a ser felizes por ser o povo escolhido, a cantar salmos como Davi, ou como povo nas subidas de Jerusalém . O versículo 10, diz que esse povo pecou contra o Espírito Santo, ou seja desobedeceu. Desobedeceu a voz de Deus que muitas vezes falou na oração pessoal, na homilia da missa, numa música inspirada pelo próprio Senhor. Desobedeceu o magistério da igreja que é claro em relação as verdades de fé e da moral cristã.

Inúmeras vezes para não ser tachado de beato, para não ser desprezado pelo mundo, desobedecemos à verdade e caímos no relativismo e aos poucos fomos nos afastando de Jerusalém.

Quanta dor existe no coração que conheceu a verdade e desistiu da radicalidade do evangelho! Jesus foi e é radical. Queridos, há solução para nossa angústia e a sabedoria que o Pai das misericórdias nos dá hoje é a obediência, voltemos ao nosso grande amor e então com Maria poderemos entoar nosso Magnificat.

Eliane Maria Ruela



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