No início da semana fui convidada para fazer uma pregação no grupo de oração que aconteceu ontem. Entre as palavras que me foram dadas para motivação, me deparei com Is 63, 7-18, a oração de um servo na angústia. Chamou-me a atenção alguns pontos da Palavra, ou melhor dizendo, algumas verdades gritantes. Um povo que é descente de Moisés, Abraão, Davi, servos que viram a libertação, como poderiam agora viver em tamanha angústia, como povo sem pastor, como povo que não conheceu a Deus?
Não é este mesmo Deus que os conduziu pelo deserto? Que mandou maná do céu para saciar a fome? Que colocou uma coluna de fogo para guiá-los? Que precipitou no mar vermelho cavalo e cavaleiro, para salvar o povo escolhido?
Onde está o Deus poderoso e misericordioso? Por que seus filhos jazem suspirando e gemendo em vales de lágrimas? A Palavra responde: os ímpios entraram no nosso meio, ou seja as impurezas entraram no coração do povo escolhido, a mentira, a mornidão, o relativismo. Sim, o relativismo tem afastado os filhos de Deus da luz e levado-os a sofrer imensamente.
Deparei-me com a sabedoria para voltarmos a ser felizes por ser o povo escolhido, a cantar salmos como Davi, ou como povo nas subidas de Jerusalém . O versículo 10, diz que esse povo pecou contra o Espírito Santo, ou seja desobedeceu. Desobedeceu a voz de Deus que muitas vezes falou na oração pessoal, na homilia da missa, numa música inspirada pelo próprio Senhor. Desobedeceu o magistério da igreja que é claro em relação as verdades de fé e da moral cristã.
Inúmeras vezes para não ser tachado de beato, para não ser desprezado pelo mundo, desobedecemos à verdade e caímos no relativismo e aos poucos fomos nos afastando de Jerusalém.
Quanta dor existe no coração que conheceu a verdade e desistiu da radicalidade do evangelho! Jesus foi e é radical. Queridos, há solução para nossa angústia e a sabedoria que o Pai das misericórdias nos dá hoje é a obediência, voltemos ao nosso grande amor e então com Maria poderemos entoar nosso Magnificat.
Eliane Maria Ruela
Nenhum comentário:
Postar um comentário