quinta-feira, 19 de agosto de 2010

COMO UMA VELA SEM CHAMA





Muitas pessoas se encontram hoje sem forças, sem ânimo, como uma vela de quem a chama foi apagada. Vou lhe contar uma  história que li um dia desses: O diabo resolveu vender os instrumentos que usava para fazer as pessoas se perderem. E realizou uma enorme exposição com todos os instrumentos que costumava usar. Eram grandes ferramentas, como: ódio, violência, bebedeira, corrupção, prostituição, tráfico de drogas, de armas, ofensas à pureza das pessoas... Enfim, lá estavam todos os seus instrumentos à venda.
Porém, havia um instrumento separado de todos os outros que, apesar de velho e gasto, valia o equivalente ao preço de todos os outros objetos juntos. Havia uma enorme curiosidade a respeito daquele objeto. Por que era tão caro? E o diabo lhes respondia: "Compre e você verá o que é."
Devido ao custo ninguém o comprou, e o diabo voltou a usá-lo, reconquistando tudo o que tinha vendido e muito mais. O instrumento surrado e dispendioso que ninguém tinha conseguido comprar chama-se DESÂNIMO.
E o diabo explicou: "Só vendo por um alto preço porque me foi sempre muito útil. Se uso a droga, a violência ou a prostituição, logo a pessoa me reconhece e sabe que o instrumento é meu. Mas o desânimo não. As pessoas pensam ser algo de sua própria personalidade ou de seu temperamento. Acham que têm o direito de ficar desanimadas por causa dos problemas."
E acrescentou: "Quando lhes dou a arma do desânimo, faço qualquer coisa com elas, que estão desanimadas, desfalecidas. Elas acham que já possuem uma boa justificativa para sofrer e não reagem, pois, afinal de contas... Deus quis assim." ( A luta para resolver os problemas da vida íntima, edição Canção Nova, Pe. Jonas Abib, pag 26 e 27)
Desânimo significa "não animare", animar é dar alma. Quantas pessoas deixaram-se levar por este mal da alma, enganadas colocaram a culpa nos problemas financeiros, na luta com o marido alcoólatra, com o filho dependente químico, com o desemprego, com o chefe injusto, o líder espiritual incompreensível.
Na hora da tempestade, os discípulos gritam por Jesus você se lembra? E Jesus permanecia no barco. Ele permanece contigo também e esse deve ser o motivo para que você tenha ânimo a continuar lutando, acreditando no milagre. Na homilia de domingo passado " O domingo em que celebramos a Assunçaõ de Maria", Padre Neil, pároco da paróquia a qual faço parte, disse algo que me levou a um profundo questionamento. Ele disse: "Sua vida está parada, as coisas não andam no seu emprego, na sua família...não será porque  lhe falta crer? Maria acreditou."
Quantas vezes em minha vida o milagre tardou a acontecer porque eu deixei de acreditar e permiti que o desânimo se instalasse. Hoje lhe desafio a desmascarar o demônio e acreditar no milagre e como diz a canção: " Por maior que seja o seu problema, ele não é maior que Deus, por maior que seja o seu dilema, ele é bem menor que Deus..."
Faça a experiência e depois me conte.
Que o Espírito Santo sopre sobre ti o sopro da vida!
Eliane Maria

terça-feira, 17 de agosto de 2010

JOVENS E SANTOS



Quero hoje me dirigir especialmente a você jovem, você cheio de energia, de amor, de beleza. Sim, és belo, tua juventude é bela! Venho lhe dizer que é possível estudar, trabalhar, se divertir, estar conectado na rede, namorar e ser um evangelho vivo gravado com letras de fogo pelo Espírito Santo - é possível ser santo.
Ser santo não é nunca errar, antes errar, pedir perdão e recomeçar, não é estar sempre sério, pois Deus é Amor e o amor produz alegria, não é viver desligado do mundo, como diria Santa Teresa D'ávila"amigo de Deus, amigo dos homens."
Nosso amado e saudoso João Paulo II, gritou para a juventude inúmeras vezes "não tenham medo". Não tenha medo de ser testemunha do Deus vivo no meio de nós, não tenha medo de descobrir sua vocação e responder sim à missão que Deus tem reservada para você. A Igreja e o mundo precisam de jovens corajosos que assumam com alegria e entusiasmo, força de vontade, vigor, seu papel de transformador da realidade, de Filho de Deus amado e criado com uma missão específica. Sim, você não é fruto do acaso, é obra-prima do grande autor.
Me recorro mais uma vez às palavras de João Paulo II: "Nós precisamos de jovens em missão no nosso meio, jovens felizes e fortes, humildes e corajosos, decididos e intrépidos, jovens que revelem o Cristo com convicção e o testemunhem pela palavra e pela ação."
Quantos adultos cansados pela luta diária serão revigorados por seu testemunho de vida jovem, pela sua alegria. Talvez você pense, mas estou confuso, não sei direito o que quero e nem para onde vou. Não tem importância, se aproxima de Jesus, comece com ele uma autêntica relação de amizade e Ele te mostrará o caminho , o que espera de você é a abertura de coração, para que o Espírito Santo possa lhe ensinar todas as coisas.
Aquele discurso que você é o futuro do país, está ultrapassado. Você é o presente, o presente da Igreja, da sua família, do mundo. Não permita que as drogas, o crime, a promiscuidade, a falta de sentido de vida, roube o teu vigor, a tua alegria e o afaste da verdadeira missão para qual foste criado.
Que Maria, nossa mãe, aquela que experimentou em sua juventude dizer SIM aos projetos de Deus, interceda por ti!

Eliane Maria

A m.i.s.s.a uma afronta a Deus

 Trata-se de uma balada cuja sigla significa movimento dos interessados em sacudir sua alma. A festa já foi realizada em diversos estados e agora chega à Fortaleza.
Eles usam  como convite trocadilhos do tipo, “não diga que ninguém que te chama” e “sábado é dia de missa” , o evento viola o direito à religião e ridiculariza muitos aspectos da Igreja Católica, um verdadeiro absurdo, uma afronta aos católicos e ao próprio Deus.
A Missa, é a liturgia de maior valor para os católicos.Nela, acreditam, que se dê a transubstanciação do pão e o vinho no corpo e sangue de Jesus Cristo.
Na balada , os Dj’s vestem-se como padres e bispos e um deles é chamado de papa, tocando entre após uma verdaeira efusão de luzes,  sons dos mais variados gostos, com o intuito de agradar a todo tipo de público, celebridades têm frequentado a balada dando assim maior divulgação da mesma.
cada um é livre para acreditar ou não no mistério, mas não é livre para violar o direito do outro a viver sua fé.
O demônio está mesmo furioso e as pessoas perdidas para se prestarem há um papel desses.

Eliane Maria


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A MISSÃO NASCE DO ENCONTRO PESSOAL COM JESUS


"Ser cristão não é uma carga, mas um dom: Deus Pai nos abençoou em Jesus Cristo seu Filho, Salvador do mundo."(Documento de Aparecida, 28). Ao ter um encontro pessoal com Jesus Cristo, o homem e a mulher vê-se preenchido de uma alegria tamanha que muda o seu interior e em consequência faz com que nasça um ardente desejo pela missão que em alguns casos leva a pessoa a deixar tudo, casa, pátria e ir ao encontro do coração ferido do seu semelhante. Ferido pelo pecado, pela injustiça, pela violência, pelo desconhecimento da pessoa de Jesus Cristo, único Salvador e Redentor, única fonte inesgotável de alegria: "...aquele que beber da água que eu lhe darei nunca mais terá sede"(Jo 4,14).

Porém, o missionário não é só aquele que parte para terras distantes, é também aquele que faz de sua família, seu trabalho, sua escola, seu círculo de amizades "terra de missão". Me arrisco a dizer que o mais difícil de deixar é a pátria do nosso eu interior, abandonar a própria vida, os projetos pessoais na mão de Deus e partir do egoísmo, do comodismo rumo ao coração do ser humano, nem sempre atraente, pois conhecendo o outro o ser humano entra num processo de conhecer a si mesmo. Ser missionário em terras distantes ou em minha própria pátria é deixar eclodir do interior o grito que explodiu em São Francisco de Assis: "O amor não é amado."

Ser cristão é sinônimo de ser missionário, que por sua vez é sinônimo de ser feliz. Sim, é a alegria do missionário que atrairá o outro a Jesus, não é uma alegria êfemera, mas alegria que nasce do encontro com o Ressuscitado que passou pela cruz, alegria da Boa Nova do Reino de Deus. "A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio", diz o Documento de Aparecida em seu número 29.

A nossa alegria não é passageira, é fruto de um coração que experimentou o verdadeiro amor, misericordioso, justo, consolador. Esse amor nos motiva a desejar consumir nossa vida para anunciar a cada homem e mulher que sofre: É POSSÍVEL SER FELIZ.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FIAT (faça-se)


Olha eu aqui outra vez...já que me deram a oportunidade de partilhar aqui algumas palavras, eu não vou perder essa oportunidade de formar, evangelizar e doar a vida. Enfim, toda nossa vida só encontra sentido e só tem real valor quando é perdida, doada em favor de alguém.

Agradeço pela oportunidade de fazer render os talentos de Deus. Lembram da liturgia do último domingo (19º do tempo comum) ? "A quem muito foi dado, muito será cobrado, a quem muito foi confiado, muito será exigido." (Lucas 12, 48).

Mas nesta partilha quero com vocês refletir sobre a pessoa de Maria, a Mãe de Jesus. Certamente nos impressiona o título a ela confiado de Mãe de Deus. E deve nos impactar mesmo. Porém, devemos sair do lugar comum e ir mais fundo no que isso representa. Porque embora fosse por Deus vocacionada, chamada a assumir a maternidade de Jesus, o Filho de Deus, se seus lábios não ressoasse o Sim, o Fiat(faça-se), os planos de Deus seriam frustrados. Não se espante, mas é um fato, vocação não é obrigação, ou uma imposição que nos é feita por alguém, mas é sim um convite, uma proposta, que depende de nossa resposta para se concretizar.

Maria disse sim ao projeto de Deus, aos planos de Deus. Aceitou sua vocação, foi ao encontro de sua essência mais profunda, realizou-se plenamente ao abrir mão de sei mesma. Que controvérsia! Que paradoxo e ao mesmo tempo que coisa tão linda, é verdade, mas como dissemos, vamos além da bonita imagem da anunciação do anjo à jovem Maria, e meditemos nas consequências desse sim, dessa resposta livre e voluntária do coração generoso de Maria. Já falamos por aqui o quanto essa nossa geração, e principalmente a nossa juventude precisa reaprender o caminho da generosidade... mas continuemos adiante.

Dizer sim a Deus significou à jovem Maria renunciar absolutamente aos seus planos, ideais, projetos e sonhos pessoais para abraçar e assumir como sendo a sua própria vida, daquele momento em diante, toda uma proposta diferente, inusitada, radical e transformadora que Deus lhe fazia.

e o que mais moveu o coração de Maria se não o amor e a generosidade?

Alguns podem questionar, dizendo:

Mas quem não aceitaria uma proposta de Deus, anunciada por um anjo?

E eu devolvo a pergunta: E quem permaneceria firme e fiel ao compromisso firmado, ao ver o filho da promessa nascer frágil, desprotegido? Ao ver o menino engatinhando os primeiros passos, precisando trocar as fraldas, chorando para mamar? Indefeso e necessitado como qualquer outra criança? E ainda mais, quem não se desesperaria ao ver o filho inocente morrer por crimes que não cometeu? Quem não gritaria por justiça, ou até mesmo vingança ao ver tanta crueldade? Quem se resignaria silenciosamente, suportando a dor e esperando as palavras do Filho-Deus se cumprirem ainda que aparentemente tudo estivesse perdido?

Então concluímos que Maria não viveu uma vida de privilégios.

Ouço frequentemente as mães dizerem que quando um filho sofre, elas sofrem junto e sofrem dobrado quando não podem fazer nada para aliviar a dor dos filhos. Daí me lembro de Maria e penso no quanto essa mulher, a Mãe de Deus sofreu durante a flagelação de Jesus, acompanhando de perto sua paixão e morte.

No próximo domingo, dia 15 de agosto, celebraremos a Assunção de Maria ao céu, um dos quatro dogmas marianos decretados pela Igreja Católica Apostólica Romana.

Este dogma foi proclamado ex cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus: "Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade,para glória de Deus Onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu."

Isso quer dizer que acreditamos que o corpo sem mancha de pecado da Virgem Maria, não conheceu a corrupção, não foi destruído e foi assunto ao céu, elevado à glória de Deus. Não vejo como uma recompensa a graça que Maria obteve de Deus, de ter sido elevada ao céu, mas vejo como uma consequência de toda a sua vida, de todas as suas escolhas.

E aí surge um questionamento muito pertinente a cada um de nós: Para onde nos levam as nossas escolhas?

O evangelho da liturgia da Assunção de Maria que leremos nesse próximo domingo, Lucas 1,39-56, revela-nos Maria como aquela que em primeiro lugar escolheu a Deus e sua perfeitíssima vontade, que em segundo escolheu o serviço ao próximo a o se colocar a disposição de Izabel, agindo como uma de suas criadas (naquela época, chamavam-se escravos). Esta que em tudo se entregou generosamente a Deus, humilhou-se, e suportou os sofrimentos sem exigir consolações ou recompensas, sem exigir justiça ou reparação, foi consequentemente elevada, exaltada pelo próprio Deus. Aquela que em tudo seguiu os passos de Jesus, seu Filho e seu deus, também com eçe está na glória, assentada ao seu lado como a grande Rainha do céu e da terra.

Louvemos a Deus que por meio da vida de Maria nos ensina a humildade, o serviço, a obediência e a generosidade.

entoemos com ela o magnificat, exaltando a bondade de Deus que em nossas vidas tão miserável realiza milagres, prodígios e sinais. Ele escolhe os pequenos, os mais fracos, e nesses manifesta toda a sua força e o poder de seu braço, mostrando-se um Deus fiel, justo e misericordioso.

MAX DE OLIVEIRA

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dor e alegria


Hoje enquanto esperava por um aluno, comecei a refletir sobre a dor, pensando nas minhas dores, nas dos meus amigos, na daqueles homens e mulheres que vejo passado nas ruas todos dias no meu ir e vir e como cada um vive de forma diferente a dor. Quantos tiraram sua própria vida mediante a um sofrimento e quantos descobriram a alegria de viver justamente em meio a uma tempestade, me recordo do livro "Testemunha da Esperança", onde um sacerdote preso e ferido pelos sofrimentos impostos injustamente a ele vive a alegria da ressurreição, a liberdade interior .

Me recordo ainda de uma mulher que conheci nos tempos de missão em Macapá, sempre alegre, disposta, confiante, disponível, atenta às necessidades do outro, isso me atraiu até ela, pois vi a face amorosa de Deus que mostra sempre que a vida é pra ser vivida e não desperdiçada com nossos desesperos. Quanta coisa aprendi em nossas partilhas!

Um dia fui visitá-la, para minha surpresa na casa só havia uma cama onde o filho ma is jovem dormia, ela e o mais velho dormiam na rede, pois estavam usando os recursos financeiros para construir a casa que antes era de madeira, um salário mínimo que sustentava os três e realizava seus projetos de moradia e estudo. Esta mãe dedicada ensinava aos filhos a gratidão e o despojamento, caminhava todos os dias quase uma hora para ir e outra para voltar do trabalho, reservando o vale transporte para o filho mais velho ir à escola que era bastante longe. Abandonada pelo marido, ela não desistiu e nem se desesperou, luta a cada dia com alegria, sem abandonar a dor que certamente a tomou, sonhos não realizados, mas confiança e esperança que traz a alegria que nasce no intimo, cultivada na intimidade com Deus, independente de fatores externos.

A diferença está em assumir a dor, viver o luto, não rejeitar os acontecimentos de nossa vida, abrir mão do que for preciso, "perder para ganhar" como diria Edith Stein, capacidade de recomeçar sempre que for preciso, humildade para sofrer as humilhações. Muitas vezes nos perdemos em nossa imaturidade, paralisamos em nossos medos, é preciso querer amadurecer, um processo que passa pelo auto conhecimento, que gera aceitação de nossas qualidades e limitações, processo que vivido à luz do evangelho nos transforma em homens e mulheres capacidades de encontrar na dor esperança para viver, coragem para aceitar que nem todos os nossos sonhos serão realizados, capacidade de viver as frustrações, de aceitar que somos limitados e assim aceitar o outro como um ser limitado também. Cultivemos a amizade com Deus e tenhamos coragem de descer com ele ao nosso lugar mais íntimo, onde muitas vezes escondemos nosso verdadeiro eu.

Que a luz do Espírito Santo venha sobre nós e nos faça homens e mulheres felizes.

Eliane Maria


Não percam, em breve estaremos postando testemunhos que pessoas que tiveram coragem de se deixar serem encontradas pelo Senhor.